segunda-feira

Vela a pena

Por que a hora da partida dói tanto? Seja a partida no aeroporto, a partida no cemitério, no coração. Seja uma despedida alegre, ou uma despedida melancólica, uma visionária, ou uma que te faz recuar alguns passos para trás.
Acredito que, apesar das circunstâncias, todas essas nos fazem sentir um vazio interno, uma abertura no peito, a sensação de incerteza e a certeza que somente você será capaz de se preencher. A mudança é incerta, assusta, causa medo, mas faz-se  necessária. Traz consigo o amadurecimento, ensinamentos divinos, direciona ao encontro de sua essência, ao seu verdadeiro, profundo, gigante e amável eu.
Todo carnaval tem seu fim e seu início. O fechamento e a abertura dos ciclos são constantes e infinitos, essa é a vida. Dói e cura. Chora e ri. Ama e é amado. Erra e aprende. Nasce e morre. Um equilíbrio eterno, que nos mostra a real necessidade de viver o agora e abraçar as oportunidades que nossa singular realidade nos oferece.
Que saibamos viver intensamente o presente, para não nos arrependermos, quando estivermos perto dos pontos finais. Que eu me entregue inteiramente às pessoas que me amam, aos meus sonhos, meus desejos, às missões que devo cumprir, aos seres que devo ajudar. Que eu dê sempre o meu melhor, porque tudo, absolutamente tudo passa, já diz Chico, sejam os momentos desagradáveis, os totalmente desejáveis, os anos, as estações... e eu desejo olhar para trás e poder perceber que minha existência terrena valeu a pena. Assim é!

  S. Caliman

sábado

Reinventar

Reinventar
Parecia diferente,
mas era tudo igual,
então comecei a cogitar o que deveria mudar
e não mudei nada, pois o que tem de ser mudado
ainda não foi inventado.

Pessoas METEOROS


Em 1986, ano marcante da minha história, pude ver o Cometa Halley, passado pelo céu de nosso país. E, naquele ano, eu ouvia que essa visão seria única, que muito mudaria no comportamento das pessoas e coisas parecidas... então nos preparamos como se fosse um grande evento e vimos o Cometa lá na imensidão, praticamente parado, e parecia só um risco no céu, mas sabemos que estava em alta velocidade. Naquele tempo, eu não fazia analogias e só depois é que vieram as possibilidades... e o que se ouvia era: “Rápido com Halley” “Que isso? Foi como um cometa!!!” E outras possíveis metáforas. Hoje, quase ninguém sabe ou fala do Halley...
Mas estive pensando nisso, lembrei daquelas expressões e tenho vontade que tudo passe, mas em alguns casos queria que tudo voltasse, porque tive, em minha vida, pessoas METEOROS, que foram tão significantes e mudaram minha vida, mas muitas delas nunca mais ouvi nem falar. Algumas se foram para eternos espaços e nem rastos deixaram, como o Halley, nunca mais verei... outras estão por aí, vivendo suas vidas e esqueceram o que se passou ... “vida que segue”... Saudades que doem ...Espero que esses METEOROS estejam nas suas rotas, mesmo que distantes da minha.